A Igreja, de Atos até nós: este é o panorama
que queremos cobrir em cinquenta fascículos, revisitando a história da Igreja
Cristã desde o seu início no primeiro século – conforme narra o livro de Atos
dos Apóstolos – e chegando até o século XXI. São praticamente vinte séculos,
quase dois mil anos, desde que tudo começou. Grandes foram os desafios,
inevitáveis as mudanças, mutáveis as circunstâncias que influenciaram a
trajetória da Igreja, até que chegássemos aos nossos dias. Para organizar todos
os acontecimentos e selecioná-los em apenas cinquenta textos curtos que
abrangessem toda a história, foram necessárias muitas leituras, exaustiva
pesquisa e seleção de temas que formassem um todo coerente dentro aquilo que
pretendíamos atingir.
E a que resultado queremos chegar? Cremos, como
cristão, que este trabalho valerá a pena se o resultado final for edificante
para a vida da Igreja como um todo e para a participação individual de cada um
na construção do Reino de Deus neste mundo. Grandes serão as dificuldades, já
que uma aparente unidade conseguida na Igreja Primitiva iniciada em Jerusalém
se perdeu ao longo do tempo. A unidade da Igreja foi uma das últimas
preocupações de Jesus Cristo ao deixar este mundo, demonstrada, por exemplo, em
sua oração sacerdotal por seus seguidores, tanto os seus contemporâneos no
primeiro século, quanto aqueles que viessem a se juntar ao grupo ao longo do
tempo. Ele sabia que, face a culturas, povos, tempos e circunstâncias
diferentes e tão diversas como aquelas que sobrevieram à Igreja em sua
trajetória, que unidade seria uma das características mais difíceis de serem
mantidas pelo seu Corpo.
Earl Cairns ensina que a Igreja se desenvolve em dois níveis: existe o Organismo e a organização. O organismo é eterno, perfeito, santo, divino, imutável, absoluto, pois foi edificado pelo próprio Senhor Jesus quando esteve de forma corpórea neste mundo; foi sobre o Organismo que Jesus afirmou que mesmo as portas do inferno não prevaleceriam contra ele. A Organização da Igreja se refere às congregações locais, que são finitas, imperfeitas, humanas, mutáveis, relativas, pois formadas por pecadores como nós enquanto estamos neste mundo. Cremos que, enquanto as organizações da Igreja se dividem numa multiplicidade de tipos diferentes, há unidade no Organismo; é uma unidade através da diversidade: unidade da fé cristã ao longo dos séculos, apesar da diversidade de grupos, dogmas, formas enfim de ser igreja. A centralidade da Igreja na pessoa de Cristo é o segredo para isto; enquanto a Igreja for Cristocêntrica, esta unidade na diversidade será mantida, independentemente de nomes, etnias, culturas e todas as outras diferenças que surgirem.
Earl Cairns ensina que a Igreja se desenvolve em dois níveis: existe o Organismo e a organização. O organismo é eterno, perfeito, santo, divino, imutável, absoluto, pois foi edificado pelo próprio Senhor Jesus quando esteve de forma corpórea neste mundo; foi sobre o Organismo que Jesus afirmou que mesmo as portas do inferno não prevaleceriam contra ele. A Organização da Igreja se refere às congregações locais, que são finitas, imperfeitas, humanas, mutáveis, relativas, pois formadas por pecadores como nós enquanto estamos neste mundo. Cremos que, enquanto as organizações da Igreja se dividem numa multiplicidade de tipos diferentes, há unidade no Organismo; é uma unidade através da diversidade: unidade da fé cristã ao longo dos séculos, apesar da diversidade de grupos, dogmas, formas enfim de ser igreja. A centralidade da Igreja na pessoa de Cristo é o segredo para isto; enquanto a Igreja for Cristocêntrica, esta unidade na diversidade será mantida, independentemente de nomes, etnias, culturas e todas as outras diferenças que surgirem.